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Desde que, em 2014, foi lançado o desafio de abordar a questão feminina no espaço lusófono de maneira pluridisciplinar, cruzando-a com a problemática da marginalidade, houve já dois encontros de investigadores dedicados ao tema.

O primeiro foi realizado em Novembro de 2014 em França, na Université Sorbonne Nouvelle-Paris 3. O segundo decorreu na Universidade de São Paulo, no Brasil, em Setembro de 2015. O terceiro colóquio, realizar-se-á em Lisboa, na Faculdade de Letras, em Junho de 2016, devendo seguir-se-lhe, em 2017, o quarto encontro da série, em Ohio State University, nos Estados Unidos.

 

Ainda que a questão feminina e a marginalidade constituam áreas de investigação frequentemente tratadas pela Literatura, pelas Artes e, naturalmente, pelas Ciências Sociais, não são frequentes as abordagens destas questões centradas no âmbito dos países de língua oficial portuguesa.

No texto de enquadramento inicialmente proposto pelo grupo de pesquisa que esteve na base deste projecto, sublinhava-se que o termo malginalidade “remete desde logo para um avesso, uma transgressão, para a recusa e/ou exclusão do sistema social, para um conflito entre valores” e afirmava-se:


"É marginal, todo(a) aquele(a) que se situa na periferia de um centro que pode ser de natureza política, económica, social, psicológica, cultural, religiosa... Marginal é, por conseguinte, aquele(a) que exibe, declaradamente ou não, uma diferença, um desvio considerado perigoso pelas estruturas vigentes e, a um nível mais radical, alguém que rompeu com os laços simbólicos e morais que garantiam a ordem considerada legítima. A margem, contudo, mantém com o centro uma relação dialéctica, pelo que não é possível abordar a marginalidade sem ter em conta a norma. Por outro lado, a margem é sempre o possível ponto de partida da emergência e da evolução, além de ser também o espelho de distorção que permite um distanciamento salutar."

 

As questões aqui evocadas cobrem um largo espectro de análise que permanece em aberto, de forma a que os participantes possam desenvolver os seus trabalhos de acordo com os interesses das suas próprias investigações. No intuito de estimular o diálogo, propõem-se, todavia, alguns eixos temáticos:

 

  • Intervenções femininas a partir da margem.

  • Resistência à marginalização no feminino.

  • Formas de marginalização feminina.

  • Marginalidade(s) sociais e marginalidades culturais no feminino.

  • Representações da mulher como “ser à margem”.

  • Representações da mulher como “ser à margem”.

  • Religião e marginalidade feminina.


 

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